O Brasil tem o que comemorar, e Anora não era o melhor filme

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Foto/Reprodução.

Os palpiteiros do Oscar erram quase sempre e, ao final, parecem surpresos com o que não tem nada de surpreendente. Com Oscar, evito fazer previsões.

Sobre o Brasil, especificamente, digo que esse clima de Copa do Mundo tira das pessoas a capacidade de entender as coisas com um mínimo de equilíbrio.

Anora saiu da cerimônia do Oscar como o grande vencedor: Melhor Filme, Melhor Atriz, Melhor Direção, Melhor Montagem e Melhor Roteiro Original.

Vi sete dos dez filmes que disputaram o prêmio mais importante (só não vi Wicked, Duna: Parte 2 e Nickel Boys), e não era difícil enxergar, nos últimos dias, o crescimento de Anora e a sua condição de grande favorito.

Gosto muito pouco de Anora. Como não gostei nem um pouco de Pobres Criaturas no ano passado. Questão de gosto mesmo. Anora não era o melhor filme entre os dez que disputaram a categoria máxima no Oscar 2025. Opinião pessoal.

Para mim, o melhor filme entre os dez e o mais merecedor do prêmio máximo era O Brutalista. O Brutalista é um filme simplesmente monumental.

Adrien Brody, felizmente, levou a estatueta de Melhor Ator por seu desempenho extraordinário em O Brutalista. Repetiu O Pianista, de 2002.

Brody tinha 29 anos quando, sob Roman Polanski, fez O Pianista. Agora, sob Brady Corbet, tem 51 anos. Seu discurso de agradecimento foi belo, comovente e altamente necessário nesse momento