Nesta sexta-feira (28), o bloco Cafuçu desfila mais uma vez pelas ruas do Centro Histórico de João Pessoa. O nome foi escolhido para combinar com a ideia do bloco – o exagero nas fantasias.
“Então, a gente já de partida já saiu com essa força, né, essa essa inspiração para fantasias, para brincadeira, né? Escolhemos a sexta-feira que antecede ao sábado gordo de Carnaval. Ou seja, o bloco praticamente abre o Carnaval de rua da cidade, né?”, explicou Buda Lira, um dos fundadores do bloco.
Era 1989 quando o bloco Cafuçu desfilou pela primeira vez, em João Pessoa, após o bloco Muriçocas do Miramar. Um grupo pequeno, como relembra Buda Lira: “12, 15 pessoas, que inspiradas no que acontecia naquele período com as Muriçocas do Miramar, que já começava a despontar como um bloco importante, a gente acabou criando o próprio bloco”.
Em 2025, o Cafuçu homenageia Jocemar Chaves, um carnavalesco nascido e criado no Bairro do Roger, em João Pessoa-PB. Jocemar presidiu a tribo Indígenas Papo Amarelo, uma manifestação genuinamente paraibana. E desfilou em escolas de samba da cidade e frequentou os bailes de carnaval do Clube Cabo Branco e Astrea.
Paixão pelo brega
Outra característica do bloco Cafuçu é a música brega. Buda Lira lembra que nas primeiras edições, providenciaram uma “difusora”, também chamadas de “cuscuzeiras”, que são auto-falantes tocando músicas nas ruas, muito comuns nos antigos parques de diversões e nas cidades do interior.
“A gente armou uma difusora inspirado nas difusoras dos parques de diversão, né, comuns na minha época de criança, adolescente e jovem, tinha muito. Então inspirado nisso, a gente fez num dos bailes, implantou aí, inaugurou a Difusora Cafuçu, mandava bilhetes, entendeu? Tocava música, um negócio assim sensacional”, relembrou.